15 de agosto de 2007

Entrevista com Johlen, guitarrista e vocalista da Banda Supervox

Há quanto tempo você está em Florianópolis e como entrou na cena underground da cidade?

Estou desde janeiro de 2000 quando abri a CORE SKATE SHOP, uma loja conceito skateboarding underground sob grande influência de amigos de SP donos de marcas e lojas por lá. Vendia todo o material, fazia manutenção de skates e organizava projetos sociais ligados ao skateboarding através da ASL (associação de skate da lagoa). A loja foi minha porta de entrada para a pequena cena da cidade, onde através de apoios e patrocínios ajudei a movimentar as coisas. Nessa época também conheci um cara que tinha um bar que sempre rolava um som de qualidade, que mais tarde veio a abrir o UNDERGROUND BAR, uma verdadeira lenda na cidade.

Em que bandas já tocou em Florianópolis?

No ano de 2000 toquei no DERIVADOS (HC oldschool), em 2001 montei com outros amigos a ABSURD, que hoje se chama SUPERVOX. Fazemos um punk rock à lá BASTARDS.

Qual a situação para as bandas alternativas tocarem hoje na cidade?

Hoje as bandas não possuem nenhuma “casa” em que se sintam à vontade, são obrigadas a vender muitos ingressos antecipadamente e geralmente não contam com nenhum apoio das casas para divulgarem seus shows, isso quando não precisam alugar os equipamentos para tocar.

Você comentou sobre o UNDERGROUND BAR! Seria este um divisor de águas no rock em Florianópolis?

O Underground era um espaço onde todas as bandas tinham oportunidade de tocar sem serem exploradas. Não havia discriminação sobre nenhuma vertente do rock e o ambiente era agradável. Muitas bandas começaram apenas para tocar no Underground.

E como isso tudo repercute nos dias de hoje?

Hoje temos uma geração filha dessa época fazendo um som. Muitas vezes desorganizados, é verdade, mas tudo tem que ter um começo.

Mas se existe esse público, por que ninguém se interessou em abrir uma casa de shows que atenda a demanda?

As autoridades dificultam e parte da população discrimina e julga o público injustamente. Para o empresário isso se torna uma aposta arriscada.

Para fechar nossa conversa, como você vê o futuro do rock alternativo em Florianópolis?

Somente as pessoas que gostam muito do que fazem continuarão neste estilo de vida, é claro, se a vida não preparar nenhuma surpresa. Aqueles que vêm e vão continuarão aparecendo e desaparecendo como sempre tem acontecido.

Acesse o myspace da Banda Supervox

Um comentário:

Carlos Castilho disse...

Giorgi,
Muito legal a entrevista. Show. Perfeita a inserção do link para o MySpace. Parabéns. Continua assim que teu blog vai ficar famoso na ilha. Castilho